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RECICLAGEM: o outro lado

A propósito do lançamento do projeto infantil «O Planeta Limpo» de Filipe Pinto resolvi escrever um pouco sobre o outro lado da Reciclagem, em Portugal, e, nomeadamente na zona em que resido e em lugares por onde passo no meu quotidiano.

Na zona onde resido – concelho de Amarante – não há empenho rural na reciclagem. Aqui as pessoas pagam o mesmo valor na fatura dos resíduos sólidos urbanos quer façam reciclagem, quer não façam, contrariamente àquilo que é feito em concelhos de referência – na zona norte –como é o caso do concelho da Maia.

Acredito que uma política de reciclagem passa primeiramente pela intervenção nas vias de comunicação municipais que, em Portugal, costumam ser bastante estreitas, dotando-as de infra-estruturas desniveladas próprias para a reciclagem. Depois passa por beneficiar ao nível dos pagamentos de impostos bem como no pagamento do tratamento do lixo aqueles munícipes que têm uma atitude ativa no tratamento, fazendo a sua separação. O modelo implementado no concelho da Maia deve ser copiado.

Outra situação que importa destacar é que se pode fazer a separação base (3 contentores) ou evoluir para uma separação mais avançada (6 contentores) – a minha preferida.

Se repararem há aqui a ausência do já famoso pilhão – ecoponto onde deveriam ser depositadas as pilhas – porém há uma razão lógica para isso. Atualmente, e após o Despacho nº 1262/2010, de 12 de Janeiro, do Secretário de Estado do Ambiente, as pilhas deixaram de ser depositadas exclusivamente nos «pilhões» para passarem a ser depositadas nos «eletrões» – ecopontos da responsabilidade da Amb3e que servem para a recolha de diferentes dispositivos elétricos e eletrónicos, bem como para a recolha de lâmpadas, baterias e pilhas.

Tendo em conta esta alteração e como pensamos que a recolha das pilhas deve ser feita em locais secos evitando que a água das chuvas transporte para os lençóis freáticos parte dos componentes das pilhas, poluindo-os.

É ainda neste sentido que não consigo perceber que o projeto infantil «O Planeta Limpo» inclua o pilhão e não o eletrão que não surge incluído nestes 6 contentores (papel, plástico, vidro, metal, orgânico e não reciclável) por não ser um ecoponto de rua mas sim um ecoponto especial e que se encontra localizado em superfícies comerciais especificas e parceiras da Amb3e.

Finalmente importa referir que em determinadas cidades de Portugal, como é o caso da cidade do Porto, é bastante difícil, em determinadas zonas, encontrar ecopontos e, muitas vezes, até pontos de recolha de lixo indiferenciado. É por isso complicado apelar ao civismo e à reciclagem do cidadão comum que nessas ruas caminha. Se houvesse a colocação desses ecopontos, quando há alguns eventos na cidade, acredito que a limpeza posterior da mesma, seria muito mais fácil. As pessoas deixariam de colocar lixo nas ruas, nos jardins, …

É uma das minhas prioridades o debate da reciclagem, bem como, da melhor e mais eficiente forma de recolha desses resíduos.

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